sábado, 16 de setembro de 2017

PRODUÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL CARTA ABERTA
O gênero textual Carta Aberta tem a finalidade de reivindicar uma problemática social do contexto do sujeito, sendo, pois, um gênero categorizado na concepção argumentativa. O trabalho realizado teve a finalidade de correlacionar a ampliação do processo de letramento literário e midiático discente com as práticas de escolarização. Ratifico, aqui, que esta intervenção foi realizada com alunos do 7º ano da E.M.E.F. Novo Horizonte, em meados do mês de abril de 2017.
Para desenvolver um trabalho com os gêneros textuais, não compete ao professor apenas exigir que os estudantes produzam textos, mas, principalmente, instrumentalizá-los. E para o sucesso da proposta, algumas questões precisam ser repensadas na realização do gênero textual selecionado, bem como as especialidades da turma contemplada.
  • Por que produzimos determinado texto?
  • Para quem produzimos?
  • Quando produzimos?
  • Onde produzimos?
  • Com qual finalidade produzimos?
  • Quais são os suportes em que as produções serão divulgadas?

 Carta aberta à Malévola

Amigona,
sei que você está muito ocupada e preocupada em proteger o mundo e nem sempre tem o prazer de ler cartas escritas por seres humanos, pois, muitos já tentaram acabar com os M uma vez, na verdade, duas ou até mais. Sou uma garota brasileira, estou muito feliz que você veio visitar nosso país, estou longe da cidade onde você está e esse é o maior motivo para eu não falar com você pessoalmente.
Escrevo-lhe para desejar boas-vindas ao nosso país, para dizer que te admiro muito e pedir que continue sendo essa fada maravilhosa que você é, e que não deixe ninguém mudar esse coração puro que você tem. Andei acompanhando suas aventuras, e a que eu mais gostei foi quando você salvou a filha do rei e voltou a acreditar no amor verdadeiro, o que eu também gostei bastante, foi que você recuperou suas asas e seu coração voltou a ser puro.
Por falar em coração puro, o Brasil está precisando saber o que é honestidade. Ultimamente, o índice de roubo só tem aumentado, a população da cidade onde eu moro, por exemplo, tem medo até de ir à calçada de sua casa com o celular na mão. Nem adianta ir dá queixa na delegacia, pois, os policiais não vão atrás, sabem que não vale apenas. Ainda por cima, nós cidadãos honestos que trabalhamos para conseguir nossos pertences somos chamados de covardes quando chega um marginal e que consegue dinheiro fazendo coisas erradas e nos assaltam.
Gostaria que dispensasse um pouco de seu tempo para jogar uma dose bem forte de honestidade, para assim, viver em um lugar de riqueza e respeito, para assim não existir ladrões e nem corruptos, e assim investir mais no Brasil, principalmente, nos estudos.
Ajude-me, Malévola!
Aceite um abraço desta sua admiradora.
                                    
D.S.A

Carta aberta ao Robin 
 
Parceiro,
fiquei sabendo que você é ocupado com os bandidos, ainda mais com o Coringa solto pelas ruas, é mais problema ainda, porque ele ficou conhecido mais como uns dos maiores vilões e também como Palhaço do Crime, mas, vamos esquecer este aí que ele não vale nada.
Robin, preciso que resolva uns problemas na rua da minha casa, porque quando o Coringa veio e bagunçou tudo e eu acho, acho não, tenho certeza que você Robin é o único super-herói que pode resolver isso, porque você é dedicado, responsável e, ao mesmo tempo, brincalhão, por isso, que resolvi escrever esta carta aberta a você para que resolva o meu problema, meu não, nossos problemas, será que você consegue?
O nosso problema é a falta de iluminação, ou seja, falta de energia; adivinha por quê? O Coringa cortou todos os fios de energia e agora não temos mais energia e ninguém aguenta mais essa situação de descaso. Espero, sinceramente, que você venha!
Passaram alguns dias e Robin veio e resolveu o meu problema, como disse, meu não, nossos problemas. Robin leu a minha carta, porque ele é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo também.
Obrigadão, Robin!
                                                                                                                                                    C.L.M.S.

Carta aberta à Cinderela
 
Olá, Cinderela,
sei que você mora longe, numa cidade linda com reinos e fadas, num grande castelo. Eu preciso de você o mais rápido possível, pois, sei que você comanda o grande castelo com seu companheiro, a vossa majestade, mas, quero que você venha me visitar, todos nós receberemos você de braços abertos, ainda mais na minha cidade, porque, aqui, todos gostam de você. Além disso, sabemos que você suportou sua chata madrasta e suas duas primas Anastácia e Griselda naquele lugar que deixava emoções, tristezas e solidões, mas, sei que você superou tudo aquilo naquele lugar tenebroso e venceu.
Sei que você era empregada lá, você sabia fazer suas tarefas e seu cafezinho com suas mãos tão delicadas; as suas primas, aliás, ‘irmãs’ sentiam inveja porque nunca pegaram numa cafeteira, nem no açúcar e, além disso, eram movidas à inveja, sobretudo, da sua beleza e simplicidade.
Então, voltando ao começo do assunto, como disse que precisava de você. É porque minha mãe não sabe como arrumar a casa, muitas das vezes, eu arrumo e ela diz que eu não organizo direito, então, ela vai e desarruma tudo, meu pai até já deu algumas aulas para ela, mas, mesmo assim, ela se esquece depois que meu pai termina de falar. Às vezes, eu fico a pensar que ela não conhece casa arrumada, nós não podemos levar ela para lugar nenhum, porque ela desarruma tudo, então, vamos ajudá-la, porque você é uma grande dona de um reino.
No dia seguinte, já à tarde, ela me perguntou como se faz um café. Eu fiquei sem me mexer de boca aberta, não consegui dizer nada: veja só minha mãe me perguntando isso! Então, passaram-se alguns dias e foi, exatamente, quando decidi escrever para você, Cinderela, solicitando, urgentemente, a sua ajuda e sua relação com os serviços domésticos quando você trabalhava muito, horas fio na casa de sua madrasta, quero apenas que você nos dê algumas dicas.
Espero, sinceramente, que você me ajude a arrumar a minha casa e a ensinar a minha mãe a fazer pelo menos um simples cafezinho, que é uma bebida que todos daqui de casa gostam, aliás, quem não gosta de um cafezinho ou um chocolate quente nos dias chuvosos, não é mesmo? Aguardo sua vinda à minha casa, princesa Cinderela e, mais uma vez, espero mesmo que você venha, pois, será bem-vinda!
Um abraço de sua amiga e admiradora!
                                                                                                                                                   L.M.S.C.

Carta aberta à Mulher Maravilha

 
Amiga,
fiquei sabendo que você se ocupa muito com as travessuras das pessoas, mas, nunca tem tempo para ler as cartas das suas admiradoras secretas, mas como sou uma garota brasileira, eu sei como são essas pessoas. Eu também fiquei sabendo que você vem para o Brasil, se você viesse para cá, eu adoraria muito conhecê-la e receber você.
Tenho acompanhado suas aventuras, o que eu mais gostei foi aquela que você teve um conflito com o Vendo-Savage, aquela foi muito irado, gostei demais. A outra que eu achei mais legal, mais legal mesmo foi quando você fugiu com o Super-Man, o lance mais espetacular que eu gostei foi quando você fez aquela música romântica, ah, desculpa-me, são coisas da minha imaginação.
Por falar em música, estou precisando falar seriamente com você a respeito. Sophia, aquela minha sobrinha de apenas três anos de idade vivia cantando e dançando algumas músicas que não são próprias para a idade dela, mas na primeira vez que ela cantou e dançou, até que nossa família achou engraçado, porque se fôssemos analisar aquela criança até que tinha bons motivos para fazer aquilo. Sem contar que ela já tinha recebido três reclamações e três avisos da mãe dela dizendo que ela iria apanhar.
O que nos deixou admirados foi a maneira como ela dançou. Ela nunca tinha visto alguém dançar, só cantar. Nós estávamos no fundo do quintal e ela começou a cantar essas músicas que mais parecem chicletes e sem nenhum valor cultura expresso.
Acontece que, não contente, ela deu um grito que quebrou uma taça que estava na pia, dizendo que cantava e dançava muito bem, ver se pode? Depois desse fato, Sophia ficou parada com os olhos esbugalhados, olhando sempre piscar para sua avó; sua mãe ficou muito admirada e pensou como foi que aquela criança de apenas três anos de idade conseguiu cantar e dançar aquelas músicas.
Mas, no dia seguinte, ela acordou apavorada e falou para sua mamãezinha não saber o porquê de gostar tanto de músicas. Aí, sua mãe teve que explicar que quando estava grávida de Sophia, vivia ouvindo essas músicas. Conforme os dias foram se passando, Sophia ia ficando esperta e, hoje, com cinco aninhos afirma para sua mãe que quando crescer vai querer ser cantora.
A mãe de Sophia perguntou por que ela gostaria de ser cantora e a menina respondeu que queria ser famosa, era isso que importava, ganhar muito dinheiro para ajudar as pessoas que precisam, mas para isso iria deixar de estudar, por isso, Mulher Maravilha preciso que você venha urgente aqui em casa para conversar com Sophia e convencer sobre a importância de estudar. Aguardamos ansiosos a sua visita.
Um abraço de amiga brasileira e admiradora!
J.C.S.


Carta aberta ao Homem-de-Ferro


Amigão,
estou sabendo que és muito ocupado, por isso, eu decidi escrever essa Carta agora, porque nem sempre você tem tempo para ler as cartas dos seus fãs e admiradores, mas como eu sou uma garota brasileira eu vou lhe dar minhas felicitações. Como você faz seus filmes, dedica-se cada vez mais neles, como se isso fosse algo real é, por isso, que gosto muito de você.
Pois bem, eu tenho acompanhado muitas das suas aventuras e não queira perder essa oportunidade, porque eu lhe digo em primeiro lugar, que sou sua fã e que eu amo o seu trabalho, incluindo o primeiro filme que você fez como o “Homem-de-Ferro”, quando você lutou para salvar a vida das pessoas. Naquele filme, você tinha uma armadura bem legal, que foi criada numa caverna onde você foi preso por seu inimigo chamado “Robadaia”, mas, sabe de uma coisa? O que importa é que você se libertou, não é mesmo?
O segundo filme foi “Homem-de-Ferro 2”. O que seu amigo Járcos ajudou a fazer suas armaduras. Járcos, assim o seu robô tecnológico ajudava-o a fazer suas armaduras, dar informação, tudo o que pensar. Ah, sim, eu amo as suas armaduras, suas tecnologias, sua criatividade e eu admiro muito sua inteligência e fico admirada como você ama suas máquinas como se fossem sua vida.
Por falar em armaduras eu quero ter um papo com você. Como você consegue fazer essas máquinas? Meu Deus, eu sei que isso demora um ano ou talvez, pouco mais de dois meses, aliás, é o que eu acho, porque eu não consigo fazer nenhuma boneca de material reciclado, imagina um robô? Nossa, eu estou muito encantada com sua criatividade, porque isso você deve fazer desde pequeno e, certamente, lhe acompanhará pelo resto de sua vida essa habilidade que você tem, mas pelo o que eu fiquei sabendo, inclusive, o que assisti no filme, era que você bebia muito, era mulherengo, mas como mudou quando “Pete”, entrou em sua vida.
Hoje, eu posso ver que você bebe óleo em vez de refrigerante ou suco. Isso, agora, eu sei que deve ser muito ruim, porém, como você consegue? Óleo em excesso faz mais à saúde, mas como você está acostumado deve servi para lubrificar suas engrenagens, bom, sobre isso, eu não posso fazer nada. E por não poder fazer muita coisa é que gostaria que você aparecesse aqui em casa. Eis, porque, amigão, gostaria que você dispensasse um pouco de seu tempo comigo, para examinar uma “família louca” que eu tenho, aliás, que eu faço parte.
O problema é que eu não sei reagir. Esses bandidos fazem maldade para as pessoas, como roubar, matar e tantas outras coisas absurdas. Como seria bom ter um herói por perto como você para nos defender, mas, a minha mãe falou que não existia, aí eu teimei e ela me deu um tapa no rosto, além disso, ela me pediu para eu não falar mais essas histórias de super-heróis perto dela, então, fui ao quarto da minha irmã e perguntei se os super-heróis existem mesmo, de fato. Infelizmente, ela não me respondeu, apenas me expulsou do quarto e fechou a porta para que eu não entrar mais. A última alternativa e tentativa de falar que super-heróis existem era conversar com meu irmão e para a minha surpresa ele me respondeu, calmamente, que sim.
Que todos nós temos os nossos sonhos e as nossas convicções e que a maioria dos super-heróis existem e são idealizados nos Estados Unidos da América. Então, a partir daí comecei a acreditar em heróis, princesas e vilões, mesmo que seja um mundo simbólico, mas que muita coisa poderia ser resolvida na vida real. Gostaria muito que você visitasse o Brasil, mais especificamente, no estado do Pará, a cidade de Parauapebas, tentar ajudar as pessoas que estão precisando de sua ajudar, além disso, gostaria que você prendesse todos os malfeitores e corruptos do nosso país, para que todas as pessoas tivessem condições dignas de viver, educação de qualidade, professores valorizados, saúde que, realmente, trate os enfermos e ensine como criar um plano de segurança para todos os cidadãos de Parauapebas e do meu bairro, principalmente. Sinceramente, Homem-de-Ferro, eu não sei qual será sua reação quando receber a minha carta. Espero que me responda o quanto antes e que venha solucionar os problemas, porque o povo já está desacreditado das autoridades que parecem estar inertes.
Aceite um abraço cordial desta sua amiga e admiradora!
V.G.P.
 






4 comentários:

  1. Que bacana!
    Muito interessante, tenho certeza que foi um trabalho super prazeroso!
    Adorei!

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    1. Cara professora Danuzia Marjorye, muito obrigado pela visita e pelo comentário! Sinta-se recepcionada a utilizar algumas propostas, aqui, destacadas.

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